Meu Branco - Moa Sipriano

Thomaz era um homem feliz e realizado. Trabalhava com afinco dez, doze horas por dia. Era um exemplo de competência, garra e determinação no colégio onde ministrava suas aulas. Mas o momento mais aguardado do dia era quando voltava para casa, localizada num bairro tranquilo ao sul de Downie. Voltar para sua casa, tomar seu banho demorado e em seguida degustar uma taça de vinho servida pelo seu amado, o doce Meubranco. Esse era o primeiro momento glorioso de uma rotina considerada perfeita. Mas ainda havia o duelo. Um enlace violento de corpos masculinos que se iniciava, noite após noite, pontualmente às vinte e duas horas. Dois homens maduros que se gladiavam por horas, onde após toda sorte de variantes de um ato sexual intenso, insano, perturbador, ondas de amor e ternura finalizavam a noite exótica. O vício do sexo, a luta pelo domínio total sobre o parceiro, as sequelas da submissão, o obscurantismo da razão. Conheça o outro lado de uma realidade homossexual.